os espinhos do mercado foram mais fortes que a rosa

tapa nas "oreia" de tirar sangue dos ouvidos

insisto, resisto, insisto

quem vê cara, nã vê gogó

bem temperados

michele leal a boa música apesar do mar de lama dos mass-media

puxe o novelo e abrace o minotauro

cutuque a onça com vara curta ou seja lá o tamanha da vara que você tem

alguns hits fizeram a obra maior de hyldon ficar esquecida no canto da sala

transcendente para além do absorvente

otto é dos oito o oitenta

dando um chega pra lá no rivotril

enfim um irmão que não cobra dízimo(mas não sacaneie e compre o disco do cara)

pra que acha que bahia é só caruru, acarajé e vatapá

mais graxa para emperrar o sistema - diretamente do theothersongs.blogspot.com

ao contrário do que possa parecer graxa não veio ao mundo para fazer graça. sua crítica e auto-crítica é ácida. daquelas do tipo que nem usando luvas você vai proteger os ossos

no main stream música no geral tá ruça. mas aqui ta morena

outra "cantriz", de talento acima de todas as cores, vitima do estigma de ser uma bombshell "crioula"*

* crioula, para além deste clássico composto por rita lee, foi outra música do disco composta por moraes moreira especialmente para ela. hoje os movimentos negros iriam cair matando. com razão?

da geração de "cantrizes", da qual se destacou elba ramalho, tania nunca teve reconhecimento à altura do que cantou e representou, estigmatizada que foi como sensual furacão

o disco campeão devoluções(por lojas e compradores) demonstrava que até os ditos descolados da época eram colados num formalismo tapado. e ainda, hoje, pelos comentários reverbera como somos estúpidos*

* pessoalmente, este disco espatifou minhas já ralas expectativas de não me tornar um inadequado social. gostei da primeira a última faixa, e até furar o vinil. ai comprei o cd. and again, and again até hoje.

o "araçá azul" de fagner"

um disco incontornável - a faixa, garapa pra moer o juízo dos senhores de engenho que ainda latifundam pernambuco

raul seixas dizia que junto comparado a ele, era careta. mas a questão não é esta. a questão é que ele colocou o seu bloco na rua, mas só prestaram atenção no standard(arte)

piauienses dando porrada neste brasil sertanejoide

uma nova lenda do uirapuru

com é belo o brasil que os brasileiros acham feio - é por isso que sempre estou ao lado das minorias

um produto exportação onde o rótulo é menor que o conteúdo

acima da capa de multiculturalidade marketizada, pernambuco tem escondido o que deve, isto sim, mostrar

um álbum maior que o brasil, por isso não coube nele. por cá, os excessos benignos são sempre reduzidos a categoria do mal

o tempo, que é o maior ladrão de todos os tempos, roubou o frescor da beleza da joyce. mas o talento, nem ele se atreveria

yes! nós temos bananas, chupa essa

apenas 2 discos, o reconhecimento de chick corea, a morte súbita. talento no brasil é algo assim sempre maldito

o perfume é combustível para um azul laudanico

e tome cala-boca na mediocridade

imbecilizado,fascistoide,sertanoide, o brasileiro médio que ouvir isso hoje em dia corre o risco de infartar

ouvindo e não tendo a menor pena de quem não ouve

no brasil de hoje o bom gosto e a não acomodação ofendem. almério é uma ofensa daquelas

em 2017 haverá ouvidos a mais para o quilombo ?

que assim seja este ano que o que passou foi tragédia só